A Apple anunciou na segunda-feira (24) que está realizando um número limitado de cortes de vagas em suas equipes de vendas, como parte de uma estratégia para fortalecer e concentrar seus esforços de engajamento com o cliente.
Um porta-voz da empresa de tecnologia confirmou à agência Reuters que se trata de uma reorganização que afeta apenas “um pequeno número de funções”. A Apple garantiu que continua contratando em outras áreas e que os funcionários afetados por estas demissões terão a oportunidade de se candidatar a novas vagas internas.
De acordo com a Bloomberg News, que noticiou o assunto primeiro, os cortes atingiram principalmente gerentes de contas que trabalham com grandes clientes empresariais, instituições de ensino e agências governamentais.
Além disso, foram afetados funcionários que operam os centros de apresentação da Apple, locais dedicados a reuniões institucionais e demonstrações de produtos para potenciais clientes.
Um dos alvos centrais dos cortes, segundo o relatório da Bloomberg, foi uma equipe de vendas governamentais que atendia a importantes agências dos EUA, como o Departamento de Defesa e o Departamento de Justiça.
Esta equipe já vinha enfrentando dificuldades devido à paralisação do governo por 43 dias e aos cortes orçamentários impostos pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
A movimentação da Apple ocorre em um momento em que outras grandes empresas de tecnologia e telecomunicações também anunciaram reestruturações e cortes de empregos nas últimas semanas, incluindo Verizon (VZ.N), Synopsys (SNPS.O) e IBM (IBM.N).
A equipe já vinha lidando com a paralisação do governo (o shutdown de 43 dias) e cortes orçamentários. O corte de pessoal reflete a decisão da Apple de reduzir custos em uma área onde o retorno sobre o investimento (ROI) se tornou menos previsível ou mais lento.
Ao dispensar gerentes de contas experientes que lidam com agências complexas (como o Departamento de Defesa e Justiça dos EUA), a Apple corre o risco de perder conhecimento institucional valioso e relacionamentos de longo prazo, o que pode afetar a capacidade de fechar grandes contratos públicos no futuro.









