No agronegócio, cada hectare conectado impulsiona a produtividade e a sustentabilidade. Durante a Agrishow 2025, a ConectarAGRO apresenta a atualização do Indicador de Conectividade Rural (ICR), oferecendo uma visão estratégica sobre o avanço da conectividade nas áreas agrícolas do Brasil. Em um ano, a cobertura de 4G ou 5G nas áreas agrícolas brasileiras aumentou de 18,7% para 33,9%, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste
A quantidade de imóveis rurais brasileiros que têm cobertura 4G ou 5G em toda área passível de uso agropecuário, também avançou: de 37,4% para 48,1%. Porém, quando falamos na média do ICR por município ao nível nacional, o aumento neste último ano foi tímido, passando de 0,455 para 0,493.
O ICR, desenvolvido com base em dados públicos e abertos, oferece uma visão abrangente da conectividade rural e revela tanto os avanços quanto os gargalos do setor. “A nova edição destaca desigualdades ainda presentes, especialmente em regiões distantes dos grandes centros e entre diferentes perfis de produtores rurais, mas evidencia também um progresso claro: a digitalização do campo está se expandindo de forma consistente”, explica Paola Campiello, presidente da ConectarAGRO.
Boa parte desse avanço vem de áreas localizadas ao longo de rodovias, como os trechos da BR-153 em Goiás e Tocantins e da BR-158 no Mato Grosso do Sul, que se tornaram corredores de conectividade para milhares de pequenas propriedades.
Além disso, mudanças significativas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), impulsionadas pela Lei do Georreferenciamento, contribuíram para a atualização dos dados. Com mais imóveis formalizados, o índice se tornou ainda mais representativo da realidade rural brasileira.
Apesar dos ganhos, o relatório alerta que a exclusão digital ainda é um desafio para ser superado. “Áreas com baixa cobertura enfrentam dificuldades para adotar tecnologias como IoT, agricultura de precisão e plataformas de gestão remota, limitando o potencial produtivo, sobretudo entre pequenos e médios produtores”, completa Paola.
A Intelsat operadora de uma das maiores redes integradas de satélite e infraestrutura terrestre do mundo, traz soluções estratégicas para regiões remotas onde a infraestrutura terrestre ainda não chegou. Sua expertise permite expandir o alcance da conectividade em áreas críticas, acelerando a chegada da agricultura digital onde ela é mais necessária.
Já a Sol by RZK, empresa de tecnologias agrícolas do Grupo RZK, integra produtos e serviços em conectividade rural, análise de dados e inteligência artificial para todo perfil de agricultor. A proposta é clara: aumentar a eficiência produtiva, financeira e operacional da gestão agrícola, buscando sempre novos patamares de rentabilidade e sustentabilidade no campo. Com essas novas parcerias, a ConectarAGRO reforça seu ecossistema de inovação e amplia sua capacidade de levar internet onde ela é mais necessária.
No início de abril, a conectividade rural ganhou protagonismo na nova versão do Índice Brasileiro de Conectividade (IBC), disponibilizado à sociedade pela Anatel. Com metodologia aprimorada em 2024, o índice agora incorpora variáveis que traduzem, com maior precisão, a realidade da cobertura de internet nos municípios brasileiros — especialmente no campo. Uma das grandes inovações desta atualização é a inclusão de uma variável dedicada à mensuração da conectividade rural, desenvolvida pela ConectarAGRO.
A nova variável — baseada no Indicador de Conectividade Rural (ICR) — mede a cobertura 4G ou 5G em áreas agrícolas, utilizando dados do SICAR e da Anatel, e reflete 68% da estrutura do ICR. Somada à variável de infraestrutura já presente no índice, representa 81,2% do indicador rural incorporado ao IBC. A inclusão é fruto direto da base de dados da ConectarAGRO, marcando um avanço na visibilidade e monitoramento da conectividade fora dos grandes centros urbanos.
A mensuração precisa da conectividade rural permite um acompanhamento mais assertivo de políticas públicas, investimentos e ações voltadas ao agronegócio, à educação rural, à saúde no campo e à conservação ambiental. Com essa atualização, o IBC passa a refletir não apenas a densidade de acessos, mas também a profundidade e a capilaridade da conectividade em todos os cantos do território nacional — do centro urbano às fronteiras do campo. A parceria com a ConectarAGRO consolida o compromisso do setor em levar conexão onde ela é mais urgente e estratégica.