A arrecadação do governo federal teve um aumento real de 10,46% em maio em comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 202,979 bilhões, o maior valor para o mês desde 2000, conforme informado pela Receita Federal nesta terça-feira (25).
No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação registrou um crescimento real de 8,72%, alcançando R$ 1,089 trilhão. Este também é o maior valor arrecadado para o período desde o ano 2000, de acordo com dados divulgados pelo Fisco.
Registrou-se uma arrecadação recorde, impulsionada por uma série de medidas aprovadas pelo governo em 2023. Entre elas destacam-se a tributação de fundos exclusivos conhecidos como “offshores”, alterações na tributação dos incentivos concedidos por estados, a retomada da tributação sobre combustíveis e do voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), além da limitação nos pagamentos de precatórios, decisões judiciais, entre outras iniciativas.
A Receita Federal informou que o aumento observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior, além da calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul.
Nos cinco primeiros meses de 2024, segundo dados oficiais, a arrecadação federal atingiu R$ 1,09 trilhão sem considerar a correção pela inflação. Considerando os valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 1,1 trilhão de janeiro a maio. Isso representa um crescimento real de 8,72% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado R$ 1,01 trilhão ajustado pela inflação.