A Azul registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre, um aumento de 31,3% em relação à perda no mesmo período do ano anterior, devido à queda no resultado operacional e ao forte impacto da variação cambial, conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira.
Além disso, a empresa revisou para baixo suas projeções de desempenho para este ano, reduzindo as expectativas de crescimento de oferta e Ebitda, e aumentando a projeção de alavancagem.
Agora, a companhia espera que sua oferta cresça 7% neste ano, em comparação com a expansão de 11% estimada anteriormente. A previsão para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi ajustada de aproximadamente R$ 6,5 bilhões para algo acima de R$ 6 bilhões. Já a estimativa de alavancagem foi revisada de cerca de 3 vezes para aproximadamente 4,2 vezes.
De acordo com o balanço da Azul, o impacto negativo da variação cambial no trimestre foi de aproximadamente R$ 3,1 bilhões, em contraste com um desempenho positivo de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023. A empresa também informou que as enchentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto de pelo menos R$ 200 milhões em seu balanço.
O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacou que a companhia encerrou o trimestre com uma posição de liquidez de R$ 2,5 bilhões, equivalente a “13% de nossa receita dos últimos doze meses”. Considerando investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas, a liquidez total da Azul no final de junho era de R$ 6,4 bilhões.