B3 e S&P lançam índice que mede volatilidade

Apelidado de "Vix brasileiro", indicador leva em consideração opções do Ibovespa para calcular volatilidade

Nesta terça-feira (19), o S&P Dow Jones e a B3 lançam o VXBR, uma espécie de “VIX brasileiro”. Trata-se de um índice que trará ao país uma nova metodologia, desenvolvida pela Cboe Global Markets, para acompanhar a volatilidade implícita do mercado local, replicando, em partes, o modelo que já existe nos Estados Unidos.

O nome VIX deriva de “Volatility Index”, que significa índice de volatilidade em português. Nos Estados Unidos, o VIX é popularmente conhecido como “índice do medo”, pois sinaliza as incertezas e a potencial volatilidade dos mercados.

O indicador norte-americano leva em conta o preço das opções do S&P 500 para um prazo de 30 dias. A ideia por trás disso é que a variação do valor fixado nestes derivativos fornece as expectativas do mercado para a volatilidade nesse período. Se os investidores buscam maior proteção por meio das opções do índice, devido às incertezas no cenário, isso geralmente indica uma maior volatilidade esperada.

O modelo no Brasil será parecido, oferecendo uma visão de 30 dias das expectativas para o principal índice da Bolsa brasileira, com base nas opções do Ibovespa. “O novo índice acrescenta ao portfólio de produtos da B3 um indicador de volatilidade que pode ser usado por investidores como referência para medir a percepção de risco. O mercado de opções no Brasil atingiu um novo patamar em termos de volumes de negociações, o que permitiu o lançamento desse índice e possibilitou trazer para o mercado local uma metodologia que já é consolidada em outras partes do mundo”, diz Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.

A negociação do VXBR se dará no horário da negociação do mercado à vista, tendo início nesta terça a partir das 10h30 e com negociação até 17h. A expectativa é que, assim como nos Estados Unidos com o VIX, o VXBR se torne uma ferramenta valiosa para entender a dinâmica do mercado brasileiro, fornecendo insights sobre a volatilidade implícita e as expectativas dos investidores em relação aos movimentos futuros do mercado.

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