A bolsa de valores brasileira, B3, anunciou a exclusão das ações da Braskem de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), a partir da próxima sexta-feira (8). Essa decisão ocorre em meio ao afundamento de solo e risco de colapso em Maceió (AL), em uma área de mina operada pela empresa.
O afundamento do solo na região tem sido um problema sério, com uma redução de 1,86 metro desde o dia 30 de novembro, sendo 6,5 centímetros nas últimas 24 horas. O impacto ambiental e os riscos associados levaram à decisão de remover as ações da Braskem do Índice de Sustentabilidade Empresarial, que destaca empresas consideradas sustentáveis sob diversos aspectos.
Segundo a B3, o objetivo do índice é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos dessas empresas, “uma vez que as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês) contribuem para a perenidade dos negócios”.
Ao comunicar a decisão, a bolsa de valores brasileira também disse que considerou os quatro pilares de seu Plano de Resposta:
- impacto ESG da crise;
- gestão da crise pela companhia;
- impacto de imagem da crise na empresa;
- e resposta da companhia à crise.
A B3 ponderou que a medida não deve ser tomada como pré-julgamento das responsabilidades da companhia, mas decorre da aplicação do disposto na metodologia do ISE B3.
As ações da Braskem no Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, recuaram mais de 2% nesta terça-feira, cotadas a R$ 17,44. Em uma semana, a queda acumulada é de 13%.