O Banco Central (BC) do Brasil autorizou um novo aumento de capital para instituições financeiras ligadas ao Banco Master, totalizando R$ 840 milhões. A medida é um passo crucial para fortalecer a estrutura financeira do grupo.
As autorizações foram publicadas nesta segunda-feira (13) pelo BC e se dividiram entre duas entidades:
- Banco Master Múltiplo: Aprovada uma capitalização de R$ 420 milhões, elevando o capital da instituição de R$ 1,167 bilhão para R$ 1,586 bilhão.
- Will Financeira (Will Bank): Autorizado um aporte de R$ 419 milhões. O capital do banco digital, controlado pelo grupo, subiu de R$ 370 milhões para R$ 789 milhões.
Este aumento de capital, que elevou o patrimônio das duas instituições, faz parte de um esforço maior e contínuo de fortalecimento financeiro do Banco Master e possui uma ligação direta com a fracassada negociação de venda de ativos ao Banco de Brasília (BRB).
A injeção de capital mais recente, dividida entre o Banco Master Múltiplo (R$ 420 milhões) e a Will Financeira (R$ 419 milhões), soma-se a dois aumentos de capital anteriores de R$ 1 bilhão cada, realizados neste ano.
Originalmente, essa capitalização total era uma exigência fundamental feita pelo BRB para prosseguir com a compra de uma participação no Master. No entanto, o próprio Banco Central acabou vetando a operação de compra de parte do Master pelo BRB.
Com o veto, o Banco Master viu-se obrigado a buscar outras soluções para garantir sua liquidez e fortalecer suas contas. O grupo carrega um volume significativo de dívidas, com cerca de R$ 58 bilhões em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) emitidos. No mercado, a pressão regulatória e o risco de intervenção ou liquidação pelo BC aumentaram após o fim das negociações com o BRB.
Neste cenário, a injeção de R$ 419 milhões no Will Financeira tem um papel estratégico claro: preparar a venda do Will Bank. A venda do Will Bank é vista como o principal caminho do Master para obter a liquidez necessária, cumprir seus compromissos com o mercado e tranquilizar o Banco Central, evitando medidas mais severas por parte do regulador.