O Banco Central (BC) elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – o crescimento foi de 1,7% para 1,9%. A informação foi divulgada hoje (28), no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. De acordo com o texto, a nova previsão se dá pelo crescimento mais elevado na indústria (de 1,7% para 2,2%) e em serviços (de 1,9% para 2%).
“A revisão reflete, principalmente, dinamismo ligeiramente maior do que o esperado da atividade econômica no início do primeiro trimestre. Sob a ótica da oferta, esperam-se recuo da agropecuária, após alta expressiva em 2023, e crescimentos de magnitudes semelhantes entre si e não muito distantes dos ocorridos em 2023, para indústria e serviços”, diz o documento.
Apesar do crescimento projetado, o setor da agropecuária passará por queda na produção de acordo com o relatório, com -1,0% diante da esperada alta de 1,0%. Contudo, mesmo com a baixa na produção, a estimativa do relatório afirma que consumo das famílias terá crescimento de 2,3% – o consumo do governo passou de 1,1% para 1,9%.
“De um lado, a surpreendente queda do consumo das famílias ocorrida no quarto trimestre de 2023 resultou em carregamento estatístico para 2024 mais baixo do que o esperado; de outro, destaca-se a recente dinâmica positiva do mercado de trabalho”, afirma o Banco Central.
De acordo com o relatório, as exportações e importações no ano devem variar as porcentagem entre 0,5% e 3,0% – a expectativa inicial era de 1,5% e 2,5%. Tendo em vista as novas estimativas, o BC estima que as contribuições da demanda interna e do setor externo para o Produto Interno Bruto em 2024 serão de 2,3% e -0,4%, respectivamente.