O Banco Central (BC) aprovou a reorganização societária do Banco Safra, consolidando o controle da instituição nas mãos de David Joseph Safra, Jacob Joseph Safra e Vicky Safra. A autorização, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 4, oficializa a saída de Esther Safra do quadro de acionistas do grupo.
A decisão foi assinada pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Gomes, e data de 8 de maio, com validade a partir de 11 de julho.
A mudança no controle do banco e de suas controladas — que inclui o Banco J. Safra, Safra Asset e Banco Alfa, entre outros — decorre da compra da participação de Esther pelos seus irmãos Jacob e David. A transação foi divulgada pelo Safra no fim de janeiro, que a classificou como um “processo natural” e “alinhado” com a família e a visão de longo prazo do banco.
Após a morte de Joseph Safra em dezembro de 2020, surgiram disputas internas de herança, especialmente com seu filho Alberto Safra. Em julho de 2024, foi firmado um acordo legal global, encerrando o litígio e convencendo Alberto a se desinvestir dos negócios do grupo para seguir seu próprio caminho (por meio da ASA).
Em janeiro de 2025, irmãos Jacob Safra e David Safra adquiriram a participação da irmã Esther Safra, concentrando o capital da instituição em três sócios principais: David Joseph Safra, Jacob Joseph Safra e Vicky Safra.
A Safra Asset Management gerenciava cerca de R$ 165,4 bilhões em ativos sob gestão (AuM), ocupando a 7ª posição entre as maiores gestoras do Brasil em captação líquida acumulada no trimestre. No primeiro trimestre de 2025, o montante também foi estimado em cerca de R$ 165,4 bilhões de AuM, com captação líquida positiva de aproximadamente R$ 11,7 bilhões no período