Nesta quarta-feira (13), o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anunciou a manutenção das taxas de juros no país, mantendo-as entre 5,25% e 5,50% ao ano, em uma decisão unânime. Este patamar representa o nível mais elevado desde 2001, permanecendo inalterado após a última reunião do comitê em novembro.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) destacou, em seu comunicado, que indicadores recentes indicam uma desaceleração da atividade econômica em comparação com o ritmo forte registrado no terceiro trimestre. Isso representa uma atualização em relação ao comunicado anterior, que ressaltava o avanço do ritmo econômico.
O FOMC também abordou a inflação, reconhecendo que, embora permaneça elevada nos Estados Unidos, houve uma diminuição ao longo do último ano. A decisão salientou que os ganhos no emprego foram moderados, mas continuam fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa.
O Fed, focando na estabilidade econômica, mencionou a busca pelo nível máximo de emprego e pela inflação a longo prazo de 2%. Além disso, o comunicado destacou a consideração de fatores como o aperto cumulativo da política monetária, a defasagem dos efeitos do aumento de juros na atividade econômica e inflação, bem como os fatores econômicos e financeiros ao determinar a extensão do reforço adicional necessário.
O FOMC também reiterou a redução contínua de suas participações em títulos do Tesouro e dívida, conforme anunciado anteriormente. O comunicado encerrou enfatizando a solidez do sistema bancário dos EUA, alertando sobre possíveis efeitos restritivos de crédito nas empresas e famílias, o que poderia impactar a atividade econômica, as contratações e a inflação.
Os juros elevados nos Estados Unidos foram discutidos em termos globais, prevendo impactos na rentabilidade dos Treasuries, mercados de ações e no dólar, com investidores migrando em busca de melhor remuneração. Isso também levanta expectativas sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil, aguardada para o mesmo dia, com a maioria do mercado apostando em uma nova redução da taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano.
Foto: REUTERS/Joshua Roberts