O aumento expressivo nos juros de longo prazo dos títulos do Tesouro dos EUA foi fato importante para a política monetária, desde a última reunião do Copom.
Mesmo com a inflação do Brasil estando sob controle, segundo os analistas do mercado financeiro isso não mudará a previsibilidade do Banco Central do Brasil (BC) para um novo corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual.
“Tudo leva a crer que a Selic encerrará 2023 em 11,75% ao ano, pois a autoridade monetária tem sido rígida e assertiva no trato dos juros brasileiros para controle da inflação”, diz Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike, em conversa com a CNN.
Mesmo com a análise dos especialistas de mercado, o aumento expressivo dos juros de longo prazo nos Estados Unidos eleva as incertezas no ambiente macroeconômico e pressiona ativos financeiros.
“Os dados recentes sobre inflação e atividade continuam a sugerir espaço para flexibilização monetária, mas acreditamos que uma aceleração no ritmo de corte é cada vez menos provável, em linha com a elevação nos juros americanos e riscos fiscais persistentes no quadro doméstico”, analisou Caio Megale, economista-chefe da XP, também em consulta da CNN.