Banco Central estabelece limite de R$ 15 mil em transações via Pix para coibir crimes

O Pix Automático permitirá que consumidores autorizem o débito automático de pagamentos recorrentes

Divulgação

O Banco Central (BC) anunciou na última sexta-feira, dia 12, uma série de novas regras para aumentar a segurança do sistema de pagamentos brasileiro e combater a ação de facções criminosas. Entre as principais mudanças está a criação de um teto de R$ 15 mil para transferências via Pix e TED em algumas instituições financeiras, incluindo grande parte das fintechs.

Segundo a autarquia, a medida visa a prevenir desvios de grandes quantias de dinheiro, como os que ocorreram em recentes ataques cibernéticos contra instituições financeiras. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou que as medidas não são direcionadas a um tipo específico de empresa, mas sim ao crime organizado, que tem usado brechas no sistema para realizar fraudes e lavagem de dinheiro.

O plano de segurança, que entrou em vigor imediatamente após o anúncio, foca em dois pontos principais:

O diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan, mencionou que outras medidas de segurança estão sendo avaliadas, como a regulação das chamadas “contas-bolsão”, utilizadas por fintechs em bancos tradicionais e que dificultam o rastreamento dos clientes. A regulamentação do mercado de criptoativos também está nos planos e deve ser anunciada nos próximos meses.

Essas ações se somam a outras iniciativas recentes, como o endurecimento das regras da Receita Federal para que fintechs reportem informações sobre as movimentações financeiras de seus clientes, com o objetivo de coibir a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

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