Banco Central não intervém no câmbio pela primeira vez desde 1999

Moeda americana entrou com fluxo maior e o real tem menor volatilidade

O Banco Central (BC), pela primeira vez desde 1999, não fez nenhuma intervenção no mercado de câmbio por meio de leilões. Essa positividade é por conta da queda do dólar (de R$ 5,27 para R$ 4,85), além da menor volatilidade no real – a moeda brasileira voltou a ganhar destaque durante 2023. 

De acordo com o Valor Econômico, dados cruzados apontam que o BC não realizou novos leilões no mercado de câmbio durante o ano passado, ou por meio de contratos de swap cambial – a entidade também não comprou ou vendeu dólares à vista, ou através de leilões. 

O ‘overhedge’ cambial [proteção extra dos ativos em moeda estrangeira no exterior] dos bancos e a alavancagem de empresas brasileiras no exterior contribuíram para a desvalorização do real em 2021 e em 2022. Sem esses pontos no último ano, observamos uma calmaria”, diz Reinaldo Le Grazie, ex-diretor de política monetária do BC e sócio da Panamby Capital, em entrevista para o Valor. 

Esse momento é considerado histórico para a economia brasileira – desde 1999, ano marcado pelo regime de câmbio flutuante, o BC atua com intervenções para controlar a volatilidade do real. Essa reação positiva pode ser vista em outras análises de desempenho financeiro do Brasil. Clique aqui para saber mais.

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