Banco Central vê avanço no crédito livre e redução moderada na dívida das famílias

Apesar da queda no endividamento das famílias em junho, a taxa de inadimplência no Brasil subiu em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Banco Central (BC).

O endividamento das famílias brasileiras em relação ao sistema financeiro caiu de 48,9% em maio para 48,7% em junho. O recorde histórico de endividamento foi atingido em julho de 2022, quando o indicador alcançou 49,9%. Sem considerar as dívidas imobiliárias, a porcentagem de endividamento diminuiu de 30,6% para 30,5% no mesmo período. O comprometimento da renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) também teve uma leve queda, passando de 27,7% para 27,6%.

As concessões de crédito livre dos bancos, que não consideram os empréstimos com recursos da poupança e do BNDES, aumentaram 0,5% em julho na comparação com o mês anterior, atingindo R$ 571,4 bilhões. No acumulado de 12 meses, o crescimento foi de 12,8%.

Apesar do aumento no volume de crédito, a taxa de inadimplência no crédito livre subiu de 5,0% em junho para 5,2% em julho. A inadimplência entre as pessoas físicas passou de 6,3% para 6,5%, enquanto a das empresas oscilou de 3,1% para 3,3%.

No detalhe das concessões de crédito livre, o BC informou que as operações para pessoas físicas cresceram 4,4% no mês, para R$ 317,6 bilhões. Já as concessões para empresas recuaram 4,0%, totalizando R$ 253,8 bilhões.

A inadimplência no crédito direcionado, que inclui financiamentos habitacionais e rurais, também registrou alta, passando de 1,6% em junho para 1,8% em julho. Considerando o crédito total, a taxa de inadimplência foi de 3,8% em julho, contra 3,6% em junho.

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