Banco digital Chime mira avaliação de US$ 9,5 bilhões em IPO

Fundada em 2012, a Chime opera como um banco digital, oferecendo produtos como contas correntes e contas poupança de alto rendimento por meio de seu aplicativo móvel

Divulgação/Chime

A startup de banco digital Chime Financial anunciou nesta segunda-feira (2) que pretende alcançar uma avaliação de até US$ 9,47 bilhões em sua aguardada oferta pública inicial (IPO) na bolsa de valores de Nova York. A listagem, caso se concretize nesse patamar, poderá ser a maior nos Estados Unidos desde a implementação das tarifas comerciais abrangentes pelo então presidente Donald Trump.

Com sede em São Francisco, Califórnia, a Chime e alguns de seus acionistas atuais planejam levantar até US$ 832 milhões com a oferta de 32 milhões de ações, com preços estimados entre US$ 24 e US$ 26 por ação. A Chime ofertará 25,9 milhões de ações, enquanto determinados acionistas, incluindo a empresa de capital de risco Cathay Innovation, colocarão 6,1 milhões de ações no mercado.

A iniciativa da Chime ocorre em um momento de recuperação do mercado de IPOs nos EUA, que havia apresentado um desempenho mais fraco em abril. A estabilização e a menor volatilidade no mercado acionário abriram caminho para que empresas retomassem seus planos de estreia na bolsa, após um período de incertezas geradas pelas tarifas comerciais.

Listagens recentes, como a da plataforma de negociação de varejo eToro, foram bem recebidas pelos investidores, sinalizando um possível aquecimento do mercado. Analistas apontam que o cenário atual é favorável para uma retomada mais ampla das ofertas iniciais, embora a sustentabilidade dessa estabilidade seja um fator crucial para a reabertura completa da janela de IPOs.

Matt Kennedy, estrategista sênior da Renaissance Capital, empresa especializada em pesquisa e ETFs focados em IPOs, comentou que “o impulso está crescendo após a volatilidade relacionada às tarifas. No momento, os investidores querem ver empresas fundamentalmente fortes com avaliações atraentes”. Kennedy também ressaltou que “tudo se resume a quais empresas estão dispostas a abrir o capital com base em uma avaliação disponível no mercado público”.

*Com informações da Reuters

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