O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou na segunda-feira (3) uma mudança significativa em sua alta gestão, em um momento delicado marcado por alertas de analistas sobre o desempenho financeiro da instituição. João Francisco Fruet Júnior renunciou ao cargo de Diretor Corporate and Investment Bank.
Para a posição, foi indicado Julio César Vezzaro, um funcionário de carreira com 24 anos de experiência no BB. Vezzaro já atuava como Diretor Corporate Bank e traz em seu currículo passagens pelo Private Bank, BB Asset Management, além de participação em conselhos de administração.
A vaga de Diretor Corporate Bank, aberta pela ascensão de Vezzaro, será ocupada por Jose Salvador Constantino Zarcos Filho. Com 23 anos de casa, Zarcos Filho possui experiência consolidada em Corporate and Investment Bank, gestão empresarial e liderança em unidades corporativas, atacado e varejo.
As movimentações na diretoria ocorrem enquanto o banco enfrenta um cenário financeiro desafiador. Segundo o JP Morgan, o BB (BBAS3) tem acumulado uma sequência de resultados negativos. No segundo trimestre de 2025, o lucro registrou uma queda superior a 50%, impactado pela alta inadimplência no agronegócio e pela deterioração da carteira de pequenas e médias empresas (PMEs).
Analistas do JP Morgan emitiram um alerta, sugerindo que o terceiro trimestre (3T25) pode ser ainda mais problemático, com foco especial na performance do Banco Patagônia, operação argentina do BB. Diante deste cenário, a instituição reduziu sua estimativa de lucro recorrente em 16%, projetando R$ 3,6 bilhões, e manteve a recomendação neutra para as ações, com preço-alvo fixado em R$ 24.
Para os analistas, o Banco do Brasil precisará de um “milagre de Natal” para conseguir alcançar seu guidance de lucro para 2025, que está estimado entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões.









