O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,4% em 2025, uma taxa superior à média projetada para a América Latina e Caribe, que é de 2,3%. A estimativa faz parte da nova edição do relatório econômico regional divulgado nesta terça-feira (7) pelo Banco Mundial.
A projeção para o Brasil é a mesma que constava no relatório de junho e se destaca por ser mais otimista do que as expectativas do próprio Banco Central (BC) brasileiro e do mercado financeiro nacional. Em 2024, o PIB brasileiro registrou expansão de 3,4%.
Para os 29 países da América Latina e Caribe, o Banco Mundial prevê um crescimento de 2,3% em 2025, mantendo a estimativa de junho, e de 2,5% em 2026. Em 2024, a região cresceu 2,2%.
A Guiana é o grande destaque regional, com projeção de uma expansão robusta de 11,8% este ano e crescimentos acima de 20% nos anos seguintes (22,4% em 2026 e 24% em 2027). O crescimento exponencial é atribuído ao pujante setor petrolífero e à exploração na Margem Equatorial.
Outro país com projeções significativas é a Argentina, com alta prevista de 4,6% em 2025 e 4% em 2026, apesar de os economistas notarem que “desafios profundos ainda persistam”. Por outro lado, a Bolívia apresenta os piores números, com previsão de três anos consecutivos de queda no PIB (chegando a -1,5% em 2027).
O relatório aponta que a América Latina e o Caribe apresentam o ritmo de crescimento mais lento entre as regiões globais. Os especialistas do Banco Mundial citam uma combinação de fatores externos e internos para justificar a lentidão:
- Fatores Externos: Desaceleração da economia global e queda no preço de commodities (matérias-primas), que afeta grandes exportadores como Brasil, Chile, Venezuela e Bolívia.
- Fatores Internos: A política monetária (combate à inflação) que atua como um “freio” na economia, o baixo nível de investimento (público e privado) e a “persistente falta de espaço fiscal”, limitando os gastos governamentais.
“Esses desafios apenas reforçam a relevância da agenda de reformas voltadas ao crescimento que são necessárias nas áreas de infraestrutura, educação, regulação, concorrência e política tributária“, conclui o relatório do Banco Mundial, que faz parte do sistema das Nações Unidas e é sediado em Washington.
*Com informações da Agência Brasil