Nos últimos dias, o mercado começou a revisar para cima as expectativas em relação aos juros que serão estabelecidos pelo Banco Central (BC), um tema que não estava em discussão até algumas semanas atrás.
A piora constante das expectativas para a inflação levou bancos e corretoras a preverem que o aumento dos juros pode ocorrer já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 17 e 18 de setembro.
A previsão para a inflação de 2025 passou de 3,91% para 3,93%. A projeção para 2026 está mantida em 3,60% há 12 semanas. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 60 semanas.
A taxa básica de juros está em 10,5% ao ano desde maio, quando o colegiado reduziu a taxa em 0,25 ponto percentual. Na última reunião do Copom, em julho, analistas notaram um tom mais cauteloso por parte da cúpula do BC.
Nas últimas semanas, esse sinal ficou ainda mais evidente, com declarações de autoridades do BC afirmando que um aumento dos juros não está descartado, caso o cenário inflacionário exija, embora ainda não tenham mencionado prazos específicos para essa possível elevação.
A estimativa da taxa Selic em 2026 foi elevada, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Relatório Focus do Banco Central. A projeção da taxa básica de juros (Selic) para 2024 continuou em 10,50%, mesmo patamar das últimas 10 semanas. A estimativa para 2025 foi mantida em 10,0%, mas a projeção para 2026 subiu de 9,0% para 9,50%, após 14 semanas de estabilidade. A taxa esperada para 2027 ficou em 9,0%, mesmo nível há 14 semanas.