Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), revelou que o custo inicial para implementar o Pix foi de R$ 15 milhões. Com o crescimento do uso dessa ferramenta de pagamento instantâneo, os custos operacionais também aumentaram significativamente.
Atualmente, o BC gasta entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões por ano para manter o sistema em funcionamento. Esses números refletem a crescente adesão dos brasileiros ao Pix, que tem se tornado uma das principais formas de pagamento no país, gerando uma demanda constante por manutenção e expansão da infraestrutura.
O presidente também mencionou que o Pix superou as expectativas em termos de popularidade, sendo amplamente utilizado para transferências menores. Inicialmente, o Banco Central esperava que o Pix fosse mais utilizado para transações no atacado, como grandes vendas e transações comerciais. No entanto, a ferramenta se tornou predominante em transações cotidianas e de valores mais baixos, especialmente entre consumidores e pequenos negócios, demonstrando uma flexibilidade maior do que o previsto.
Destacou também como o sistema bancário internacional evoluiu desde 2019, quando, surpreendentemente, a maneira mais rápida de transferir £ 1 milhão para Londres era por transporte aéreo. Apesar dos avanços, ele reconheceu que ainda existem barreiras significativas para facilitar os pagamentos internacionais. Ele anunciou que o Banco Central está prestes a lançar o “Pix por aproximação”, que permitirá que os consumidores cadastrem suas chaves Pix em carteiras digitais (wallets) e realizem pagamentos de forma mais ágil e prática, usando a tecnologia de pagamento por aproximação (NFC).
Campos Neto disse também que o Banco Central estuda a possibilidade de implementar o sistema de bloqueio reverso nos pagamentos através do Pix no ano que vem. Em tese, a mudança faria com que essa ferramenta assumisse o lugar do cartão de crédito.