Grandes empresas de tecnologia estão se interessando cada vez mais por reatores nucleares para abastecer seus data centers, especialmente devido à crescente demanda impulsionada pela inteligência artificial.
A Amazon e a Microsoft firmaram acordos importantes este ano com usinas nucleares nos EUA. Além disso, tanto a Microsoft quanto o Google demonstraram interesse em pequenos reatores modulares de próxima geração que ainda estão em fase de desenvolvimento, de acordo com uma reportagem do The Verge.
Os novos data centers de inteligência artificial exigem uma quantidade significativa de eletricidade, o que tem dificultado o cumprimento das metas climáticas das empresas, resultando em um aumento nas emissões de carbono. Os reatores nucleares podem oferecer uma solução potencial para esses dois desafios.
As usinas de gás podem ajustar sua produção de energia mais rapidamente, acompanhando as flutuações na demanda por eletricidade, enquanto as usinas nucleares normalmente fornecem energia de maneira mais estável.
Essa característica se torna especial para data centers, que operam 24 horas por dia, ao contrário de muitos setores que funcionam apenas durante o horário comercial. A consistência da energia nuclear também se diferencia da energia eólica e solar, cujas produções podem variar conforme as condições climáticas e o horário do dia.
Nos últimos cinco anos, muitas empresas de tecnologia intensificaram suas metas climáticas, prometendo alcançar emissões líquidas zero de dióxido de carbono. No entanto, a demanda adicional de energia gerada por novas ferramentas de inteligência artificial aplicou a realização dessas metas em alguns casos.
Microsoft, Google e Amazon relataram aumentos em suas emissões de gases de efeito estufa nos últimos anos. A utilização de eletricidade proveniente de reatores nucleares é uma estratégia que as empresas estão adotando para tentar reduzir suas emissões de carbono. A Microsoft, por exemplo, assinou um acordo para comprar energia da usina Three Mile Island, que foi desativado em setembro.
Nesta semana, o Departamento de Energia dos EUA divulgou um novo relatório que projeta que a capacidade nuclear do país pode triplicar até 2050, impulsionada pela demanda crescente de carros elétricos, data centers e mineração de criptomoedas.