Nesta semana, o Bitcoin voltou a fazer parte do grupo de 10 ativos de US$1 trilhão (que inclui metais como ouro e prata, bem como empresas como Microsoft e Apple), ao atingir os US$51.500 na quarta-feira (14). O cálculo do valor de mercado é uma multiplicação do número total de unidades de um ativo pelo seu preço. No caso do Bitcoin, são 19,6 milhões de moedas multiplicadas por US$51.500, resultando em mais de US$1 trilhão.
O lote de ETFs aprovado na segunda semana de janeiro no país atraiu cerca de US$ 3,9 bilhões em entradas durante o primeiro mês, de acordo com dados da Bloomberg. Com esse volume de investimento, os produtos superaram o desempenho dos fundos de índice de ouro quando foram lançados há 20 anos. Além dos ETFs, a recente valorização do Bitcoin para o nível atual também foi impulsionada pela forte demanda dos investidores norte-americanos pela moeda, de acordo com dados fornecidos pela empresa de análise CryptoQuant.
O “Coinbase Premium Index” – um índice que avalia a diferença de preço do BTC na Coinbase em comparação com a Binance, a exchange líder em volume de negociações – aumentou para 0,12 na quinta-feira (15), atingindo o nível mais alto desde maio de 2023. Isso indica uma pressão de compra na corretora de capital aberto.
Para André Franco, chefe de pesquisa do MB, o natural é que o preço da criptomoeda passe dos US$ 60 mil. “O que eu estou vendo de gráfico relacionado ao BTC é basicamente que passando desses US$ 51 mil, em teoria não temos mais resistência (de preço). O natural é que ele busque preços mais altos e, eventualmente, até passe dos US$ 60 mil. Porém, a grande questão é que neste caso em específico, por não ter suporte (também de preço) e resistência muito fortes a partir desse patamar, não sabemos onde que essa alta pode parar nem qual seria o suporte mais interessante”, afirmou.