BlackRock lucra US$ 1,32 bilhão no terceiro trimestre

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, reportou nesta terça-feira (14) uma queda no lucro líquido do terceiro trimestre de 2025, mas registrou resultados recordes em receita e ativos sob gestão.

O lucro líquido da companhia atingiu US$ 1,32 bilhão no período, representando uma queda de 19% em relação ao ganho de US$ 1,63 bilhão apurado no mesmo trimestre do ano anterior.

Contudo, em uma base ajustada, o lucro por ação (LPA) ficou em US$ 11,55, superando levemente o consenso de US$ 11,30 projetado por analistas consultados pela FactSet. A receita trimestral da gestora demonstrou forte crescimento, avançando 25% na comparação anual, para um total de US$ 6,5 bilhões.

O grande destaque do balanço foi o volume de ativos sob administração (AUM), que alcançou um valor recorde de US$ 13,46 trilhões no final de setembro. Esse montante representa um crescimento de 17% ao longo de 12 meses, impulsionado, em grande parte, pelo forte desempenho das bolsas de Nova York e por entradas líquidas de capital que somaram US$ 153 bilhões no trimestre.

No pré-mercado de Nova York, os investidores reagiram positivamente à notícia dos recordes de receita e AUM. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), a ação da BlackRock (BLK) apresentava uma alta de 0,8%.

A BlackRock está executando uma estratégia clara de diversificação, mirando em áreas de alto crescimento e maior potencial de margem. As recentes aquisições (como a HPS) indicam uma aposta na próxima fase de crescimento impulsionada por mercados privados (private equity e private debt) e investimentos em infraestrutura. Estas áreas oferecem taxas mais altas e margens potencialmente maiores do que os tradicionais fundos de índice e ETFs.

A receita de serviços de tecnologia, especialmente da sua plataforma Aladdin (utilizada para gestão de risco e análise por milhares de instituições financeiras), é outro vetor de crescimento importante e de alta margem, o que contribui para o avanço da receita total.

Em resumo, o movimento da BlackRock no terceiro trimestre de 2025 revela uma gestora em plena aceleração de crescimento. A queda no lucro líquido está mais relacionada a custos temporários e investimentos para expandir e integrar novos negócios lucrativos (crédito privado e alternativos) do que a uma fraqueza no seu core business. O recorde de ativos e o LPA ajustado acima do esperado confirmam que a estratégia de longo prazo da empresa está gerando forte crescimento nas receitas e captação de clientes.

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