O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 1,6 bilhão em crédito para que empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos busquem novos mercados. Em média, o tempo entre análise e aprovação de projetos no Plano Brasil Soberano foi de 18 dias, abaixo dos 60 dias usuais na instituição.
O Plano Brasil Soberano foi instituído por meio de uma Medida Provisória (MP 1.309/2025) em agosto de 2025. Ele representa um conjunto robusto de instrumentos emergenciais, incluindo crédito incentivado, garantias e facilidades tributárias, com o objetivo principal de apoiar os exportadores brasileiros afetados pelas tarifas adicionais impostas pelos EUA.
O BNDES é o principal operador das soluções financeiras do Plano, que prevê um montante total de R$ 40 bilhões em linhas de crédito: R$ 30 bilhões provenientes do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e R$ 10 bilhões com recursos próprios do Banco.
Foram aprovadas 47 operações na linha Giro Diversificação (busca de novos mercados), com destaque para exportação de café (R$ 108,9 milhões), açúcar (R$ 220 milhões), equipamentos elétricos (R$ 191,1 milhões), outros alimentos (R$ 249,7 milhões) e utensílios (R$ 79,5 milhões). As operações têm como destino Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.
Os exportadores elegíveis são aqueles cujo faturamento com exportações para os EUA, nos bens listados como afetados pelo tarifaço, atenda a critérios específicos de participação no faturamento total.
As condições de financiamento são altamente favoráveis, com taxas de juros fixas baixas (até 0,66% ao mês, ou 8,2% ao ano) e prazos longos, de até 5 anos, incluindo até 1 ano de carência.
“A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. E o trabalho não para. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no Banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, revela o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.