BNDES capta R$ 4,4 bilhões com LCD no primeiro trimestre de 2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) captou R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre deste ano por meio da emissão de Letras de Crédito do Desenvolvimento (LDCs). As emissões tiveram prazos de até 5 anos e custo inferior à taxa DI (Depósito Interbancário).

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que essa nova emissão de LCD, com a participação de uma instituição sólida e transparente como o BNDES, demonstra o atrativo do investimento em desenvolvimento e fomento à indústria no país. Ele acrescentou que a LCD contribui para a diversificação do funding do Banco, garantindo taxas mais atrativas para o financiamento de longo prazo.

A LCD é um título de crédito de livre negociação, exclusivo para bancos de desenvolvimento no Brasil, como o BNDES, conforme a Lei nº 14.937/2024. No final do ano passado, o Banco havia captado R$ 9,8 bilhões com esse instrumento.

Um LCD pode ser usado para melhorar o perfil de risco de um banco de desenvolvimento, funcionando como uma “reserva de emergência” que pode ser ativada em situações adversas. Isso pode melhorar a classificação de crédito da instituição e permitir acesso a mais recursos no mercado com juros mais baixos.

Por ser limitado e ativado apenas em certas condições, o LCD atrai investidores que não aceitariam risco total, mas estão dispostos a aceitar riscos controlados. Assim, ajuda a alavancar capital privado para projetos de desenvolvimento.

De acordo com o BNDES, a receptividade das LDCs no mercado sinaliza um cenário propício para a obtenção de recursos direcionados ao desenvolvimento. A instituição avalia que a procura pelos títulos reflete a confiança no potencial de retorno dos projetos financiados e nas garantias institucionais que oferece.

Adicionalmente à remuneração inferior à DI, os títulos apresentam outros atrativos, como a isenção de Imposto de Renda para investidores pessoa física, o que expande a base de potenciais compradores. A liquidez e a estrutura de riscos foram planejadas para harmonizar os interesses dos investidores com os objetivos de longo prazo das operações do banco.

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