O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de sua subsidiária BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), anunciou nesta quarta-feira, 29 de outubro, o lançamento de uma chamada pública para a seleção de até cinco fundos de índice (ETFs). A iniciativa marca a retomada da estratégia de investimentos do Banco em renda variável, com a expectativa de concretizar aportes de até R$ 1 bilhão ao longo de 2026.
Cada um dos fundos de índice selecionados – que podem ser de ações, renda fixa ou híbridos – poderá receber até R$ 200 milhões, sendo observada a participação máxima do BNDES de 50% do patrimônio do fundo investido. As gestoras interessadas terão até o dia 5 de dezembro para cadastrar suas propostas, e o resultado final da seleção será divulgado em março de 2026.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel do banco público na expansão do mercado. “Com esta iniciativa, o BNDES reforça o reconhecimento da importância dos ETFs como instrumentos de investimento, com grande potencial de crescimento no Brasil”, afirmou. “É tarefa de um banco público apoiar o fortalecimento e a democratização do mercado de capitais, contribuindo para impulsionar a reindustrialização e a inovação, que são prioridades do governo do presidente Lula”, completou.
Os ETFs, por proporcionarem a diversificação de uma cesta de ativos em um único investimento, são considerados instrumentos mais simples e menos onerosos que os fundos tradicionais, devido à sua gestão passiva atrelada a um índice. Eles também oferecem maior liquidez, pois suas cotas são negociadas diariamente na bolsa, além de maior transparência. Apesar desses benefícios, a difusão dos ETFs no Brasil ainda é menor do que em mercados mais desenvolvidos.
A chamada atual se insere em um histórico de atuação da BNDESPAR no fomento ao mercado de capitais. A instituição é reconhecida como a principal incentivadora da indústria de ETFs no país, tendo participado da criação do PIBB11, o primeiro fundo de índice brasileiro, em 2004, e do ECOO11, em 2012, vinculado ao Índice Carbono Eficiente (ICO2). Mais recentemente, ao longo de 2024, a BNDESPAR realizou um novo investimento de fomento por meio do ETF de diversidade DVER11.






