Boeing corta 17 mil empregos e sofre crise financeira

Cortes são resposta à crise enfrentada pela fabricante de aviões devido a uma greve

A Boeing anunciou que pretende cortar aproximadamente 10% de sua força de trabalho como resposta à crise causada por uma greve prolongada de seus funcionários e pelo agravamento da falta de liquidez.

As demissões afetarão executivos, gerentes e demais colaboradores, conforme comunicado do CEO, Kelly Ortberg, em um memorando interno. No final de 2023, a empresa contava com 171 mil funcionários.

“Nosso negócio está em uma situação delicada e é difícil subestimar os desafios que enfrentamos juntos”, escreveu Ortberg na mensagem enviada a imprensa. A Boeing revelou as medidas e os números de ganhos no momento em que busca retomar as negociações com os sindicatos. 

A empresa prevê reportar uma receita de US$ 17,8 bilhões no terceiro trimestre, com uma perda de US$ 9,97 por ação, conforme dados preliminares. O fluxo de caixa operacional foi de US$ 1,3 bilhão, resultando em um saldo de US$ 10,5 bilhões em caixa e investimentos em títulos negociáveis ​​ao final do período. Os resultados completos estão programados para serem divulgados em 23 de outubro.

A Boeing fez duas ofertas de aumento salarial, ambas rejeitadas pelos trabalhadores. Cerca de 33 mil funcionários em suas principais instalações na área de Seattle estão em greve há um mês, afetando a produção e esgotando as reservas da Boeing. As últimas negociações fracassaram no início desta semana, sem um caminho claro sobre quando e como poderão ser retomadas.

*Com informações da Bloomberg

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