A Boeing anunciou que enviará avisos de demissão nesta semana como parte de um plano de corte de 17.000 empregos, o que representa cerca de 10% de sua força de trabalho global. A medida visa reduzir custos em meio à alta carga de dívida da empresa.
Os funcionários nos Estados Unidos que receberem esses avisos continuarão na folha de pagamento até janeiro, atendendo aos requisitos da legislação federal, que exigem um aviso prévio de 60 dias antes de dispensas em larga escala.
Esses avisos, conhecidos como Notificação de Ajuste e Retreinamento do Trabalhador (WARN), já eram esperados e fazem parte de uma estratégia mais ampla da Boeing para enfrentar desafios financeiros e reorganizar suas operações.
“Conforme anunciado anteriormente, estamos ajustando nossos níveis de força de trabalho para nos alinharmos com nossa realidade financeira e um conjunto mais focado de prioridades”, disse a Boeing em uma declaração. “Estamos comprometidos em garantir que nossos funcionários tenham suporte durante este momento desafiador.”
A Boeing enfrenta uma crise prolongada que envolve uma série de desafios financeiros, técnicos e de negociações, com raízes em problemas de design, atrasos de produção e questões de segurança. A crise começou a se intensificar com os acidentes fatais do modelo 737 MAX em 2018 e 2019, que resultaram na morte de 346 pessoas e na suspensão global do modelo. Uma investigação revelou problemas significativos na automação de controle de voo, levando a críticas sobre a supervisão regulatória e a pressão interna por corte de custos e prazos acelerados.