A Boeing (BA.N) anunciou nesta terça-feira (14) que entregou 55 jatos em setembro, um aumento significativo em comparação com as 33 entregas realizadas no mesmo mês do ano anterior, período afetado por uma greve de trabalhadores de fábrica no Noroeste dos EUA.
O total de 55 entregas, que ficou praticamente estável em relação às 57 entregas de agosto, marcou o mês de setembro mais forte da fabricante de aviões desde 2018, quando 87 jatos foram entregues. No entanto, o volume ainda ficou atrás de sua principal rival, a Airbus (AIR.PA), que entregou 73 aeronaves no mês passado.
A Boeing entregou 40 unidades do seu principal modelo, o 737 MAX. Deste total, 10 foram destinadas à Ryanair (RYA.I), uma das quais celebrou a entrega de número 2.000 do MAX. Foram entregues 14 aeronaves widebodies, incluindo quatro 767, três cargueiros 777 e sete 787.
Oito aeronaves foram destinadas a clientes chineses, incluindo um cargueiro 777, um 787 e seis jatos 737 MAX. Nos primeiros nove meses do ano, a Boeing entregou um total de 440 aviões, enquanto a Airbus acumulou 507 jatos.
A Boeing registrou um forte volume de 96 novos pedidos em setembro. Entre os principais, destacam-se 30 jatos 737 MAX para a Norwegian Airlines e 50 aeronaves 787 para a Turkish Airlines. A Uzbekistan Airways também encomendou 14 aviões 787, além de dois pedidos do 737 MAX para um cliente não identificado.
Com o cancelamento de um pedido do 737 MAX pela Enter Air, a Boeing fechou o mês com 95 pedidos líquidos. Mesmo com a carteira de pedidos diminuindo ligeiramente de 5.994 para 5.987 após os ajustes, o fluxo de novas encomendas se manteve robusto.
O anúncio das entregas ocorreu após um período de tensões políticas envolvendo a companhia. Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, havia ameaçado impor controles de exportação de peças de reposição para aeronaves da Boeing. Contudo, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou que as tensões diminuíram no fim de semana, após comunicações substanciais entre Washington e Pequim.