No domingo, a Boeing concordou em se declarar culpada de uma acusação criminal relacionada a dois acidentes fatais envolvendo o 737 Max, ocorridos em 2018 e 2019, que resultaram na morte de 346 pessoas. Conforme reportado pelo jornal americano The New York Times, a empresa ficará em “liberdade condicional” e será supervisionada por um tribunal do Distrito Norte do Texas durante três anos.
A empresa se declarará culpada de “conspiração para fraudar o governo federal dos Estados Unidos” durante o processo de certificação dos aviões Max. Além disso, pagará uma multa de US$ 487,2 milhões, o valor máximo permitido por lei.
Como parte do acordo, o fabricante de aeronaves investirá pelo menos US$ 455 milhões nos próximos três anos para impulsionar programas de segurança e conformidade. Um monitor independente deverá apresentar relatórios anuais sobre o progresso dessas iniciativas.
O conselho de administração da empresa deverá reunir-se com as famílias das vítimas dos acidentes. Se alguns dos termos forem violados, a Boeing enfrentará defesas adicionais. Além disso, o acordo prevê o pagamento de uma multa adicional de US$ 243,6 milhões.