A Boeing divulgou nesta terça-feira, 29, seus resultados do segundo trimestre de 2025, revelando um prejuízo líquido de US$ 612 milhões. Embora ainda seja uma perda, o valor representa menos da metade do prejuízo de US$ 1,44 bilhão registrado no mesmo período do ano passado, indicando uma melhora significativa.
A fabricante de aviões americana reportou um prejuízo por ação ajustado de US$ 1,24 entre abril e junho, um resultado melhor do que a perda de US$ 1,40 por ação esperada por analistas consultados pela FactSet. A receita da Boeing também teve uma expansão anual robusta de 35% no trimestre, atingindo US$ 22,75 bilhões, superando ligeiramente o consenso da FactSet de US$ 22,12 bilhões.
Apesar da redução do prejuízo e do aumento da receita, o fluxo de caixa livre (FCL) da empresa permaneceu negativo em US$ 200 milhões no fim de junho. No entanto, a Boeing mantém uma sólida carteira de encomendas acumuladas, somando US$ 619 bilhões, que inclui mais de 5.900 aviões comerciais.
Os resultados foram bem recebidos pelo mercado. Às 8h45 (horário de Brasília), as ações da Boeing registravam alta de 2,4% no pré-mercado de Nova York.
A Boeing vem apresentando sinais claros de recuperação: crescimento nas receitas, contenção de prejuízos, free cash flow aproximando-se da estabilidade e melhoramento em rating de crédito. Se conseguir certificar seus modelos MAX 7, MAX 10 e 777‑9 conforme planejado, há potencial de aceleração positiva ainda na segunda metade de 2026.
Mas os riscos seguem presentes: atrasos regulatórios, tensões trabalhistas e elevados níveis de endividamento ainda influenciam a trajetória. Para 2026, o cenário mais provável é de uma trajetória de reforço operacional e financeiro, com potencial de resgate de dividendos e recompra de ações caso o EBITDA e o caixa operem conforme projetado.