O ecossistema de startups no Brasil atravessa um ciclo de consolidação e maturidade, com cerca de 12 mil empresas de base tecnológica ativas em todo o país, concentradas principalmente na região Sudeste. O volume de investimentos em inovação atingiu US$ 2,14 bilhões em 2024, crescimento de quase 14% em relação ao ano anterior, confirmando a retomada gradual do capital de risco no país mesmo em um ambiente de juros elevados. As fintechs seguem liderando a captação, respondendo por cerca de 42% dos aportes da América Latina, enquanto setores emergentes, como agrifoodtechs, registraram alta de 32% nas captações no 1° trimestre de 2025, refletindo o avanço da tecnologia voltada à sustentabilidade e à eficiência produtiva. O movimento de consolidação também se reflete nas operações corporativas: o Brasil registrou 1.674 fusões e aquisições em 2024, totalizando aproximadamente R$ 260 bilhões.
Esse ambiente robusto e diversificado confirma o amadurecimento do mercado e abre espaço para o fortalecimento de startups com visão global, propósito e capacidade real de escalar. É nesse cenário que surge o novo ranking das 100 Startups to Watch 2025, que mapeia as empresas de base tecnológica mais promissoras do país. A lista consolida-se como um dos principais radares do ecossistema nacional, destacando negócios com alta escalabilidade, inovação validada e modelo sustentável, além de servir como termômetro do amadurecimento do capital de risco no Brasil.
O ranking 100 Startups to Watch 2025 destacou as empresas de base tecnológica mais promissoras do Brasil e reforçou a consolidação de um ecossistema de inovação mais maduro, capaz de atrair capital e desenvolver negócios com visão de longo prazo.
O levantamento mostra que o mercado de venture capital brasileiro vive uma fase mais seletiva, em que qualidade, impacto e consistência passaram a pesar mais do que o volume de aportes. Nesse cenário, gestoras que atuam em diferentes estágios de maturidade das startups ajudam a fortalecer a conexão entre empreendedores, investidores e soluções tecnológicas com potencial real de crescimento. “Esse ranking mostra que a inovação brasileira amadureceu. As startups que crescem hoje são aquelas que unem tecnologia, eficiência e propósito. O capital de risco tem um papel estratégico nesse processo, conectando o investidor certo à solução que transforma realidades”, afirma Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest. Com mais de 1.700 startups no portfólio, a gestora teve 14 delas entre as 100 Startups to Watch 2025, um recorte que reflete a diversidade e a presença do capital de risco em diferentes frentes do ecossistema nacional. O dado não traduz apenas o resultado de uma estratégia de investimento, mas o avanço de um mercado que aprendeu a equilibrar risco, retorno e impacto, consolidando um ambiente de inovação mais amplo e conectado.
O mercado de venture capital nacional passou a atuar de forma mais integrada, com investidores que aportam valores menores em rodadas iniciais e outros que entram em estágios mais avançados, compondo uma rede complementar que fortalece o ciclo de crescimento das startups.
Esse modelo permite que o capital chegue a negócios em diversas fases, gerando um efeito multiplicador sobre a inovação. Além do Brasil, há cada vez mais conexões com ecossistemas internacionais, com fundos que investem em startups na África, Europa, Oriente Médio e Ásia, o que amplia o alcance das soluções desenvolvidas e a troca de conhecimento entre mercados. “O futuro do investimento está na capacidade de gerar valor com propósito, não apenas em multiplicar capital. O que o mercado tem mostrado é que rentabilidade sem consistência não se sustenta. Os negócios que prosperam hoje são aqueles que conseguem unir visão estratégica, eficiência operacional e impacto real, tanto econômico quanto social. O capital de risco precisa olhar além da próxima rodada, entender o papel que desempenha na transformação de mercados e na geração de soluções que mudam a vida das pessoas. Já não se trata apenas de colocar dinheiro, mas de apoiar trajetórias que criam valor contínuo, com base em governança, propósito e capacidade de execução. O capital de risco deixou de ser sobre velocidade e passou a ser sobre permanência, sobre construir pontes entre inovação e resultado concreto. É investir em quem entende o tempo das ideias e a responsabilidade de transformar propósito em crescimento real”, completa Tomazela.
Ao longo da sua trajetória, a Bossa já investiu em mais de 1.700 startups, sendo 364 delas brasileiras com investimentos diretos. Juntas, essas empresas somam um valuation consolidado superior a R$ 5 bilhões. A empresa também acumula mais de 120 exits e, só em 2024, investiu mais de R$ 28 milhões em novas empresas, além de aprovar mais R$ 27 milhões em novos aportes. Seu portfólio abrange 42 verticais diferentes, distribuídas pelas 5 regiões do Brasil, resultado de um processo seletivo que avalia 300 empresas mensalmente.
Entre os segmentos com maior representatividade estão Fintechs (11%), Edtechs (8%), Agrotechs (6%), Logística (6%) e HRtechs (5%), refletindo a diversidade de setores estratégicos apoiados pela Bossa.
Fundada por João Kepler, a Bossa conta com sócios como Thiago Nigro, Janguiê Diniz e Thiago Oliveira. Além do capital, oferece inteligência de mercado e suporte estratégico, contribuindo para o crescimento sustentável das startups e a consolidação de um dos maiores ecossistemas de co-investidores do continente.








