Botafogo protocola plano de recuperação extrajudicial

Para quitar R$ 400 milhões em dívidas cíveis em 15 anos.

Victor Silva

Botafogo de Futebol e Regatas entrou com um pedido de recuperação extrajudicial, para resolver quase R$ 405 milhões em dívidas, segundo documento protocolado na Justiça do Rio de Janeiro. A ação, assinada tanto pelo clube social quanto pela SAF (Sociedade Anônima do Futebol), propôs um corte de 40% a 90% no valor dos débitos, além de um pagamento em até 15 anos.

Vale, a Telefônica Vivo, a Latam (dona da TAM) e a Novonor (antiga Odebrecht) estão entre os maiores credores do tradicional clube do futebol brasileiro, que se tornou uma SAF em março de 2022. Também estão na lista o São Paulo Futebol Clube, a família Moreira Salles e até os Ministérios Públicos Federal e do Rio.

Por parte da SAF, as negociações foram conduzidas pelo especialista e assessor especial Eduardo Iglesias, pelo VP Executivo Jonas Marmello e pelo CEO Thairo Arruda. A ação contou também com a atuação do Departamento Jurídico da SAF Botafogo, representado pelo advogado Raphael Sá, e do Botafogo de Futebol e Regatas, através do Gerente Jurídico Daniel Bombarda e do VP Jurídico Marcelo Barbieri, além de apoio da Consultoria Channel Associados e do escritório de advocacia Kalache, Chame, Costa Braga Advogados.

Entre empresas listadas na Bolsa, o Botafogo deve: R$ 22.975.210,68 à Latam Airlines, que é listada no Chile (LTM) e dona da TAM Aviação Executiva e da TAM Táxi Aéreo;  R$ 22.975.210,67 à Telefônica Brasil S/A, dona da Vivo (VIVT3); e R$ 8.586.300,62 à Vale (VALE3).

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