O Brasil registrou a abertura de 166.621 vagas de trabalho formal em junho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado, que é o saldo de 2.139.182 admissões e 1.972.561 desligamentos, ficou ligeiramente abaixo da expectativa de economistas, que projetavam a criação de 171.404 postos.
Em junho, 26 das 27 unidades da federação registraram um saldo positivo, com destaque para São Paulo (40 mil), Minas Gerais (24 mil) e Rio de Janeiro (15 mil). O único estado com saldo negativo foi Espírito Santo, com 3,3 mil demissões. As demissões no estado aconteceram, principalmente, no setor de cultivo de café.
O número de vagas abertas em junho de 2025 foi menor que o do mesmo mês no ano anterior, quando foram criados 206.310 empregos. A desaceleração também se refletiu no acumulado do primeiro semestre de 2025, que teve a abertura de 1.222.591 postos, inferior aos 1.311.751 do mesmo período de 2024.
Todos os cinco principais setores da economia registraram saldos positivos em junho. O setor de Serviços liderou a criação de vagas, com 77.057 postos, seguido pelo Comércio, que abriu 32.938. Já o setor de Construção ficou na última posição, com a criação de 10.665 vagas.
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) é o principal sistema utilizado no Brasil para monitorar o mercado de trabalho formal. Ele registra mensalmente admissões e desligamentos de trabalhadores com carteira assinada (CLT), fornecendo dados essenciais ao Ministério do Trabalho e Emprego e à formulação de políticas públicas. Desde janeiro de 2020, passou a operar como Novo Caged, integrando informações via o sistema eSocial.
Além disso, o Caged não deve ser confundido com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do IBGE, que mede tendencialmente o desemprego, enquanto o Caged foca em movimentações formais.