Brasil contrata R$ 5,5 bilhões em investimentos em hidrelétricas

O primeiro leilão do governo focado exclusivamente em pequenas e médias usinas hidrelétricas resultou na contratação de 815 megawatts (MW) de potência. O evento, realizado nesta sexta-feira, deve gerar cerca de R$ 5,5 bilhões em novos investimentos, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os contratos, com duração de 20 anos, foram negociados a um preço médio de R$ 392,84 por megawatt-hora (MWh), representando um desconto de 3,16% em relação ao preço inicial. As usinas contratadas deverão começar a fornecer energia em janeiro de 2030.

O leilão, que permitiu a participação de centrais geradoras, pequenas centrais e hidrelétricas de até 50 MW, atraiu o interesse de várias distribuidoras. A Amazonas Energia foi a principal compradora, seguida por empresas do grupo Neoenergia (Celpe, Coelba e Cosern), Enel (Eletropaulo e Coelce), Energisa (Paraíba e Tocantins) e Light.

As hidrelétricas desempenham um papel central na matriz energética mundial, especialmente em países como o Brasil, onde respondem por mais da metade da eletricidade gerada. Ao transformar a força da água em energia, elas se consolidam como uma das fontes renováveis mais relevantes para garantir o abastecimento de milhões de pessoas.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil possui em operação atualmente 219 Usinas Hidrelétricas de Grande Porte (UHEs), 425 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 739 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), isso totaliza 1.383 usinas hidrelétricas operando no país.

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que o potencial hidrelétrico total do Brasil seja de 172 GW, dos quais mais de 60% já foram aproveitados. Em termos de capacidade instalada, as hidrelétricas (UHE + PCH + CGH) respondem por uma fatia dominante na matriz elétrica, com diversos projetos em elaboração ou expansão.

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