A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) elevou suas projeções para as exportações de carne de frango e suína em 2025, após o setor conseguir contornar rapidamente as proibições comerciais impostas em maio devido a um surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul. O Brasil, que controla 38% do comércio mundial de frango, demonstra resiliência e planeja expansão, aproveitando a instabilidade da concorrência global.
As exportações brasileiras de frango devem crescer até 0,5% este ano, atingindo 5,32 milhões de toneladas. Esta projeção representa uma recuperação notável; em agosto, quando as restrições de grandes compradores como China, Japão e União Europeia persistiam, a ABPA previa uma queda de até 2% nas exportações. Antes do surto de gripe aviária, o crescimento esperado era de 1,9%, para 5,4 milhões de toneladas.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destacou que o retorno dos surtos de gripe aviária nos Estados Unidos — o principal concorrente do Brasil, que detém 27% do comércio global — pode impulsionar ainda mais as exportações nacionais. “Qualquer redução [nas exportações americanas] tem um grande impacto,” afirmou Santin, indicando que a menor produção e exportação dos EUA abrirá espaço para os fornecedores brasileiros nos mercados globais.
Olhando para o futuro, a ABPA prevê que a produção brasileira de carne de frango cresça até 2,2% em 2025, alcançando 15,3 milhões de toneladas, e mais 2% em 2026, chegando a 15,6 milhões de toneladas.
A perspectiva de crescimento também é altamente positiva para o setor de carne suína. A ABPA projeta que o país poderá se tornar o terceiro maior fornecedor mundial de carne suína em 2025.
Este impulso é atribuído, em parte, aos surtos de Peste Suína Africana que têm afetado países europeus e as Filipinas, criando oportunidades de mercado para o Brasil. Segundo as novas projeções da ABPA:
- Exportações de Carne Suína: Devem aumentar em até 10% este ano, atingindo 1,49 milhão de toneladas.
- Produção de Carne Suína: O crescimento esperado é de até 4,6%, chegando a 5,55 milhões de toneladas em 2025.








