Brasil e México puxam para baixo clima econômico da América Latina

Após alta, o índice recuou 14 pontos no 2º trimestre de 2024

José Cruz/ Agência Brasil

Após o aumento entre o 4º trimestre de 2023 e o 1º trimestre de 2024, o Indicador de Clima Econômico da América Latina caiu 14 pontos no 2º trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, retornando à zona desfavorável com 91,7 pontos.

Entre os dois primeiros trimestres de 2024, ambos os indicadores que compõem o Indicador de Clima Econômico também apresentaram queda. O Indicador da Situação Atual caiu 8,8 pontos, alcançando 89,2 pontos, enquanto o Indicador de Expectativas recuou 19,4 pontos, chegando a 94,3 pontos.

Essa diferença chegou a ultrapassar os 100 pontos entre o 3º trimestre de 2020 e o 2º trimestre de 2021, refletindo expectativas de melhora do clima econômico que contrastavam com a percepção dos especialistas sobre a situação atual no auge da pandemia da COVID-19.

Houve um breve intervalo entre o 2º trimestre de 2022 e o 1º trimestre de 2023 em que o Indicador de Situação Atual superou o Indicador de Expectativa, mas com diferenças abaixo de 10 pontos. Após esse período, o Indicador de Expectativa voltou a superar o Indicador de Situação Atual, embora as diferenças tenham diminuído ao longo do tempo. 

O Indicador de Clima Econômico avançou em cinco países – Paraguai, Peru, Equador, Argentina e Bolívia. Desses, somente o Paraguai está na zona favorável do Clima Econômico. Por outro lado, cinco países registraram recuo do Indicador de Clima Econômico — Uruguai, Brasil, México, Chile e Colômbia — sendo que apenas o Uruguai e o Brasil estão na zona favorável. Na Sondagem do 1º trimestre, com exceção de México e Chile, todos os países haviam registrado melhora no Indicador de Clima Econômico em relação ao 4º trimestre de 2023.

No Brasil, a queda de 10,1 pontos no Indicador de Clima Econômico está associada ao recuo de 30 pontos no Indicador de Expectativa, que passou para a zona neutra (100 pontos). O Indicador de Situação Atual melhorou em 9,1 pontos e o país passou para a zona favorável. A FGV lembra que as enquetes foram realizadas antes das inundações no Rio Grande do Sul.

Na região, dos 15 problemas listados, 10 apresentaram pontuação acima de 50%. Dentre os problemas sinalizados, os que mais se destacaram, foram: infraestrutura inadequada; falta de inovação; falta de confiança na política econômica; corrupção; barreiras legais e administrativas para os investidores.

Para ter acesso completo ao estudo produzido pela Fundação Getúlio Vargas, basta clicar no link.

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