O Brasil exportou para os EUA o valor recorde de US$ 19,2 bilhões nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 12% (ou US$ 2,1 bilhões) em relação ao mesmo período do ano anterior. O incremento ocorreu em todos os setores: indústria de transformação, extrativo e agropecuária.
Em termos percentuais, o aumento foi mais de oito vezes superior ao das vendas do Brasil para o mundo (+1,4%) e acima das exportações para os principais parceiros individuais, como a China (+3,9%), União Europeia (+2,1%) e América do Sul (-24,3%). Em valores, a expansão das vendas para os EUA representou 29,1% do total do incremento das vendas globais brasileiras (US$ 7,1 bilhões).
“Neste primeiro semestre do ano, os EUA puxaram o crescimento das exportações brasileiras, com valor recorde de US$19,2 bilhões. O mercado norte-americano também foi o principal destino para as vendas brasileiras de bens industriais. Essa expansão das trocas bilaterais contribui de forma decisiva para a trajetória positiva do comércio exterior brasileiro”, destaca Abrão Neto, CEO da Amcham, entidade cujas empresas associadas representam 1/3 do PIB brasileiro.
As vendas de produtos industriais brasileiros para os EUA cresceram 2,3%, estabelecendo o recorde de US$ 14,7 bilhões para um primeiro semestre. As exportações de bens de maior valor agregado continuam a ser predominantes na pauta exportadora brasileira, representando 8 dos 10 principais produtos.
Os EUA seguem como o principal destino para as exportações da indústria brasileira, superando os demais parceiros comerciais, como a União Europeia (US$ 10,8 bilhões) e o Mercosul (US$ 8,2 bilhões). O comércio Brasil-EUA atingiu US$ 38,7 bilhões no 1o semestre de 2024, crescendo 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O déficit comercial para o Brasil foi o menor registrado nos últimos 10 anos (-US$ 218,3 milhões, redução de 91,2% sobre 2023).