O plantio da primeira safra de milho 2025/26 no centro-sul do Brasil começou, atingindo 1,6% da área estimada até a última quinta-feira. O avanço, divulgado pela consultoria AgRural, marca um ritmo mais acelerado em comparação com o ano passado, quando apenas 0,1% da área havia sido semeada na mesma época.
O Rio Grande do Sul concentra a maior parte dos trabalhos de plantio, um padrão comum para este período do ano. O Rio Grande do Sul é um dos maiores consumidores de milho do Brasil, mas não o maior produtor (esse papel fica com Mato Grosso, Goiás e Paraná). Como o estado tem forte produção de aves e suínos, depende do milho para ração. Muitas vezes precisa importar milho de outros estados ou até de países vizinhos (como a Argentina e o Paraguai) em anos de quebra de safra local.
Enquanto o plantio da primeira safra avança, a colheita da safrinha 2025 se aproxima do fim. Segundo a AgRural, 94% da área já foi colhida na região centro-sul, um aumento de 6% em relação à semana anterior. A colheita está mais adiantada que na temporada passada, quando já havia sido concluída nesta mesma época.
A AgRural elevou sua projeção para a produção total de milho do Brasil na safra 2024/25, que agora é estimada em 136,3 milhões de toneladas. O novo número representa um aumento significativo em relação à estimativa anterior de 130,6 milhões de toneladas.
De acordo com a consultoria, o ajuste positivo foi impulsionado pelo bom desempenho da safrinha, a segunda safra do cereal, cuja produção está agora prevista em 108,9 milhões de toneladas. A AgRural destaca o rendimento médio recorde em estados como Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul como os principais responsáveis por essa revisão para cima.