O Brasil apresentou um déficit de US$2,245 bilhões em suas transações correntes no mês de março, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. O resultado ficou abaixo da projeção de especialistas consultados pela Reuters, que esperavam um saldo negativo de US$2,95 bilhões para o período.
Com este desempenho, o déficit acumulado nos últimos 12 meses atingiu o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo mês, o Investimento Direto no País (IDP) somou US$5,990 bilhões, um valor inferior aos US$8,539 bilhões previstos na pesquisa.
O resultado das transações correntes do Brasil em março foi influenciado positivamente pelo desempenho do superávit comercial, que alcançou US$ 7,6 bilhões. Este montante representa uma alta de 5,3% nas exportações, acompanhada por um crescimento mais moderado de 0,9% nas importações.
Em contrapartida, o déficit na balança de serviços apresentou um aumento, atingindo US$ 4,4 bilhões. Segundo o Banco Central, essa elevação foi pressionada pelas maiores despesas em áreas como propriedade intelectual, transporte e aluguel de equipamentos.
Um ponto atenuante foi o recuo de 13,4% no déficit em renda primária, impulsionado por uma menor saída líquida de recursos referentes a lucros, dividendos e juros.
Um déficit na conta corrente de um país significa que, no período analisado, ele gastou mais no exterior do que recebeu. Se a conta corrente está em déficit, é porque as importações de bens e serviços, os pagamentos de rendimentos para o exterior e as transferências enviadas superaram as exportações, os rendimentos recebidos e as transferências recebidas.