A Brava Energia (BRAV3) divulgou dados preliminares de produção de julho, registrando uma média diária de 90,9 mil barris de óleo equivalente (boe), superando a marca de 87,2 mil boe/d de junho. Esse resultado, que representa um novo recorde para a empresa, é atribuído principalmente ao crescimento do segmento offshore (extração no mar).
Segundo o relatório, a produção total bruta do setor onshore (em terra) foi de 34,7 mil boe/d, enquanto a offshore alcançou 56,2 mil boe/d. A companhia destacou o desempenho do campo de Papa-Terra, que teve o seu melhor resultado desde agosto de 2021, e a evolução da operação de Atlanta no primeiro semestre deste ano.
Em relatório divulgado no início de julho, o Safra apontou 2025 como um ano de virada para a Brava. O banco acredita que o crescimento significativo da produção deve auxiliar na desalavancagem financeira da empresa e abrir espaço para melhorias na governança.
No entanto, o Safra também alertou para os riscos persistentes na execução e para uma geração de caixa mais apertada no curto prazo. Isso se deve à alta carga de capex (investimentos) prevista para 2025 e 2026. Mesmo com a projeção de um preço do petróleo Brent mais baixo (US$ 68 o barril em 2025 e 2026), o banco sugere que a Brava pode se beneficiar da expansão de suas operações.
No 2º trimestre de 2025, a produção atingiu em média 85,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), 21% acima do 1º trimestre (70,8 mil boe/d), com destaque para os ativos offshore que saltaram de 36,6 mil para 51,7 mil boe/d. Em fevereiro de 2025, a produção chegou a 73,854 mil boe/d, um aumento de 9,2% sobre janeiro.
Após a fusão com a Enauta em 2024, a empresa realizou uma estratégia de otimização de ativos, focando em ativos de maior escala e maior eficiência logística. Mesmo com prejuízo líquido de R$ 1,028 bilhão no 4T24, a empresa conseguiu reverter a trajetória e traçar uma rota expansiva para 2025, com perspectiva de superar os 80 mil boe/dia nos próximos meses.