egundo pesquisas do Instituto de Estatísticas da Unesco, faltam 44 milhões de professores para atender todo o mundo. Na América Latina, a demanda é de 3,2 milhões para atingir a meta estipulada pela Agenda 2030. De acordo com estimativas, a maior parte da escassez docente se atribui ao preenchimento de postos existentes.
A precariedade do trabalho, a falta de acompanhamento do Estado, a escassez ou a falta total de tecnologia e digitalização, atrelado a falta de infraestrutura são algumas das razões que levam ao abandono dos docentes de seu cargo.
A grande maioria dos professores têm salários mais baixos que carreira similares no quesito anos de formação. O piso salarial dos professores e professoras do ensino fundamental no Brasil é o mais baixo entre os 40 países listados em relatório da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Além dos baixos salários dos professores e professoras brasileiros, o levantamento aponta que o Brasil está muito abaixo em relação ao acesso ao ensino superior. Enquanto a média, entre os países da OCDE, de jovens adultos (25-34 anos) que completaram ensino superior é 45%, no Brasil apenas 24% dos jovens adultos concluíram o ensino superior.
Outro dado trazido pela pesquisa é o nível de leitura da de ter o pior salário pago aos professores, o estudo da OCDE também revela que o Brasil sofre com uma preocupante defasagem de leitura entre os jovens.
Ainda de acordo com relatório, o Brasil é um dos poucos países do mundo que não aumentou os recursos para a Educação durante a pandemia do coronavírus, com o objetivo de reduzir prejuízos com aprendizagem e enfrentar os desafios do período.
A Agenda 2030
Tem como objetivo desenvolver o Ensino Médio e Fundamental até 2030 em diferentes países. A meta é contratar nos próximos 14 anos, 68 milhões de docentes: 24,4 milhões para o Ensino Fundamental e 44,4 milhões para o Ensino Médio.