A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de 51% do capital social de uma nova empresa na Holanda pela Suzano (SUZB3). A sociedade, formada com a Kimberly-Clark, resultará em uma joint venture no valor de US$ 1,734 bilhão, conforme apuração do serviço de notícias Broadcast. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
A Kimberly-Clark Corporation é uma multinacional norte-americana do setor de bens de consumo, fundada em 1872 em Neenah, Wisconsin, e hoje sediada em Irving, Texas. A companhia é uma das líderes globais na produção de produtos de higiene pessoal, limpeza e cuidados familiares, atuando em mais de 175 países.
Globalmente, a empresa atende um quarto da população mundial diariamente com seus produtos. Em 2023, a Kimberly-Clark registrou faturamento global superior a US$ 20 bilhões, mantendo crescimento mesmo em um cenário de pressão inflacionária sobre custos de insumos como celulose.
A operação inclui 22 fábricas de produção de tissue – como toalhas de papel, guardanapos e lenços de papel – localizadas em 14 países, com uma capacidade anual total de produção de cerca de 1 milhão de toneladas.
O acordo também prevê uma opção de compra de 49% da participação da Kimberly-Clark pela Suzano, que poderá ser exercida em até três anos após o fechamento do negócio.
Ao Cade, a Suzano afirmou que a aquisição está alinhada com sua estratégia de expandir a presença no segmento de tissue, aproveitando sua experiência e escala na produção de celulose.
A operação no Brasil é vista como um movimento alinhado à tendência global da companhia norte-americana, que busca simplificar operações, otimizar custos e concentrar esforços em linhas mais estratégicas. No cenário global, a Kimberly-Clark atende cerca de 25% da população mundial diariamente, com faturamento anual acima de US$ 20 bilhões.
Analistas avaliam que a parceria pode remodelar a concorrência no setor de tissue no Brasil, que já conta com grandes players locais e internacionais. A expectativa é de maior competitividade em preços e inovação em produtos, em um mercado sensível ao consumo das famílias e aos custos de insumos como a celulose.