Casa do Futuro é destaque com arquitetura feita 100% de plástico reciclado

Com uma programação cultural voltada para a sustentabilidade e novas formas de pensar o consumo, a Bienal do Lixo 2025, que acontece de 21 a 25 de maio, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, surpreenderá o público com muitas atividades interativas, artísticas e educativas. Entre as novidades desta edição está a Casa do Futuro, uma construção feita a partir de blocos 100% reciclados, que transformou resíduos em materiais de alto valor agregado, com design contemporâneo e impacto ambiental reduzido.

Desenvolvida pela Fuplastic – indústria brasileira especializada em soluções construtivas inteligentes e sustentáveis – a casa de 80 m² foi construída com 5 mil blocos plásticos que equivalem a 2,5 toneladas de resíduos retirados da natureza. Os visitantes da casa poderão conhecer os ambientes mobiliados e interagir com painéis informativos sobre o método construtivo inovador da companhia. Elementos visuais como flakes que são pequenos flocos de pet e tampinhas em acrílico também compõem a instalação, aproximando as pessoas do universo da reciclagem de forma lúdica e educativa. Serão feitas visitas guiadas ao longo de todo o evento – com até 16 por dia nos fins de semana – apresentando o processo de produção dos blocos e os impactos positivos da arquitetura circular.

A Casa do Futuro será alimentada pela energia do carro Carro Haval H6, da GWM Motors, a maior montadora de veículos privada da China, que possui um plug-in que pode ser utilizado com um fornecedor de energia para diversos equipamentos eletroeletrônicos externos (220 volts ou bivolt), como celulares, computadores, televisões.

A proposta expositiva e educativa da Bienal do Lixo é mostrar o potencial do plástico reciclado para aplicações em arquitetura de alto desempenho. “Queremos transformar a percepção das pessoas sobre o plástico reciclado, mostrando que ele pode ir muito além do uso convencional e ganhar protagonismo em soluções arquitetônicas inovadoras e sustentáveis, além de promover uma reflexão que podemos ressignificar o lixo em praticamente todos os ambientes de uma casa., afirma a diretora-executiva da Bienal do Lixo, Rita Reis.

Semelhantes a um “Lego gigante”, os blocos são feitos a partir da reciclagem do polipropileno, um polímero termoplástico produzido com a polimerização do gás propileno ou propeno, que é moldado de forma fácil quando submetido às altas temperaturas. Este termoplástico é proveniente de embalagens, cadeiras, peças automotivas, copos e brinquedos, por exemplo. Depois de usados, são separados, limpos e transformados em novos materiais sem que o desempenho e qualidade sejam afetados. São leves, super-resistentes, de fácil transporte, a instalação em um dia, projeto plug & playde rápida implementação, construção off-site e antipichação. Além disso, tem eficiência termoacústica. 

A Bienal do Lixo é uma vitrine de soluções inovadoras e um convite à reflexão sobre o potencial de transformação dos resíduos. É um espaço onde criatividade e informação se conectam para revelar o verdadeiro peso do nosso impacto ambiental e a nossa capacidade de ressignificá-lo. O resíduo, quando valorizado com tecnologia e design, pode se tornar um recurso nobre para a construção. Mais do que uma instalação, a Casa do Futuro é um instrumento de educação ambiental e de influência positiva, tanto para o público quanto para o mercado, apontando caminhos reais para um futuro mais sustentável”, conta Bruno Frederico, CEO da Fuplastic.

O modelo construtivo da Casa do Futuro é totalmente escalável, podendo ser replicado em outras regiões e adaptado a diferentes usos. O valor estimado para a construção de uma casa com essa tecnologia parte de R$ 3.200 o metro quadrado, podendo variar de acordo com os acabamentos e as personalizações solicitadas.

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