Casa do Pão de Queijo pede recuperação judicial 

E empresa citou dificuldades em se recuperar dos impactos da Covid-19 no faturamento e as recentes enchentes no RS

Com uma dívida de R$ 57 milhões, a rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo iniciou um processo de recuperação judicial. O pedido foi protocolado na última sexta-feira (28) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A empresa menciona dificuldades em se recuperar dos impactos da Covid-19 no faturamento.

Do total da dívida da Casa do Pão de Queijo, o montante de maior valor diz respeito aos credores quirografários, que são aqueles que não têm nenhuma garantia ou direito de preferência nos pagamentos. São R$ 55,9 milhões. Também há uma dívida estimada em cerca de R$ 1,4 milhão com credores enquadrados como Microempreendedores ou Empresas de Pequeno Porte, e R$ 224,3 mil em dívidas trabalhistas.

Além dos valores listados na recuperação judicial, o pedido também menciona que detém uma dívida de R$ 53,2 milhões com outros credores e outros R$ 28,7 milhões em dívidas tributárias com municípios, estados e a União. Além disso, as recentes enchentes no Rio Grande do Sul também prejudicaram as operações rentáveis no Estado, resultando em uma significativa redução de faturamento e demissões, conforme declarado pela Casa do Pão de Queijo.

A primeira loja foi aberta em 1967, no centro de São Paulo, e a primeira fábrica em 1983, na zona oeste da capital paulista. Ainda na década de 1980, a empresa começou a trabalhar com o modelo de franquias.

Nos anos 2000, a Casa do Pão de Queijo recebeu um aporte do fundo de private equity do Banco Pátria e construiu uma segunda fábrica, no interior de São Paulo. O Banco Standard entrou na sociedade em 2009. Em 2012, a família fundadora assumiu 100% do negócio.

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