Com 153 anos de história, a Cedro Têxtil concluiu recentemente um dos maiores ciclos de investimentos de sua trajetória, que supera R$ 100 milhões, e colhe resultados expressivos: redução de 73% no consumo de vapor, 50% no uso da água, 33% na energia elétrica, além de 85% nas emissões de CO₂e. Tudo isso com ganhos em produtividade, qualidade e sustentabilidade.
“A inovação precisa estar a serviço da sustentabilidade e da competitividade. Nossos investimentos estão conectados com uma visão de longo prazo, que integra tecnologia, responsabilidade ambiental e entrega de valor ao cliente”, afirma Fábio Mascarenhas Alves, presidente da Cedro Têxtil. Ele assumiu o cargo em março deste ano, após ocupar a diretoria de Relações com Investidores.
As mudanças mais expressivas ocorreram no setor de acabamento. A substituição das caixas de lavagem tradicionais por modelos ultrassônicos gerou impacto direto nos indicadores ambientais e operacionais:
- 73% menos consumo de vapor
- 50% menos uso de água
- 33% de economia de energia elétrica
- 80% de economia de espaço físico na planta
“O novo modelo de lavagem nos permite trabalhar com muito mais eficiência, preservando recursos naturais e melhorando o desempenho operacional”, explica Fábio Mascarenhas.
A empresa também incorporou um moderno equipamento alemão da Brückner, que elevou a estabilidade dimensional dos tecidos, reduziu o consumo energético e aumentou a produtividade. No setor de tratamento de água, a adoção da tecnologia de osmose reversa passou a garantir água de reuso com o mais alto grau de pureza, que é destinada novamente à produção.
O esforço para tornar a produção mais limpa e eficiente rendeu certificações importantes como GHG Protocol (FGV), ISO 14001, Oekotex Standard100, C2C e UL. A Cedro é participante do movimento Higg Index®, e demonstra o seu compromisso com a transparência compartilhando o seu inventário químico na plataforma Clean Chain, além de utilizar corante índigo Aniline Free nos tingimentos do Jeans.
“A última medição do nosso balanço de carbono mostra uma redução de 85% nas emissões de CO₂e, o que reforça nosso compromisso com a descarbonização da indústria têxtil”, afirma o presidente. Ele lembra que a companhia tem contribuído também para um maior engajamento do setor na ESG, ao sugerir a criação da Liga de Descarbonização na Abit, a Associação Brasileira da Indústria Textil. A Liga foi implementada em 2024 pela entidade para incentivar as associadas a investir em uma produção mais sustentável.
A modernização da fiação incluiu uma linha automatizada capaz de ampliar o processamento de poliéster reciclado, oriundo de garrafas PET. “Trabalhamos com um modelo de produção mais circular e consciente, sem abrir mão de performance e qualidade”, diz Fábio Mascarenhas.
Segundo ele, os uniformes produzidos com essa tecnologia são responsáveis por evitar o lançamento de 3 milhões de garrafas/ano na natureza, inclusive dos oceanos – em linha com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS14) das Nações Unidas, sobre conservação e uso sustentável dos oceanos.
A Cedro adotou inteligência artificial e machine learning nas etapas de fiação e tecelagem, com sistemas de controle em tempo real que garantem mais estabilidade nos processos e melhores resultados para o cliente. Para consolidar essa frente, foi criada a Gerência de Tecnologia Operacional e Inovação.
Com base no sistema Lean (TPS – Toyota Production System), a Cedro mantém uma cultura de inovação que já acumula mais de 88 mil kaizens implementados nos últimos 14 anos. Em 2024, a empresa lançou também o Kaizen Sócio-Ambiental, com 2.567 ações sustentáveis realizadas em comunidades por iniciativa dos próprios colaboradores.
Além da sustentabilidade e da eficiência, a Cedro se diferencia por seu portfólio de produtos com alto valor agregado, como tecidos funcionais e tecnológicos para o segmento de WorkWear. “Somos a única empresa da América Latina homologada para usar a marca Proban®️, que confere aos tecidos a propriedade de serem retardantes à chama”, afirma Fábio Mascarenhas.
A Cedro também é pioneira e a única no Brasil ao operar com os três sistemas de tingimento índigo utilizados no denim, além de deter patentes exclusivas e manter parcerias com centros de pesquisa (ainda sob confidencialidade).
“Nosso diferencial não está apenas na tecnologia, mas na forma como ela é aplicada com responsabilidade, pensando no futuro da indústria, do meio ambiente e da sociedade”, conclui Mascarenhas.