CEO da Boeing renunciará em meio a crise de segurança

A crise foi provocada pela explosão no painel aéreo de um avião 737 MAX

AP Photo/J.Scott Applewhite

O CEO, Dave Calhoun, deixará seu cargo na Boeing até o final do ano, como parte de uma ampla mudança de gestão desencadeada pela profunda crise de segurança enfrentada pela fabricante de aviões, agravada por um incidente de explosão no painel aéreo de um avião 737 MAX ocorrido em janeiro. A informação foi publicada pela Reuters.

Além disso, o presidente do conselho, Larry Kellner, e Stan Deal, chefe do negócio de aviões comerciais da empresa, também estão deixando seus cargos, enquanto o conselho da Boeing busca lidar com as numerosas questões que abalaram a confiança na icônica fabricante de aviões ao longo de várias semanas.

O incidente de janeiro foi o mais recente de uma série de crises de segurança que minaram a confiança da indústria na fabricante de aviões e afetaram sua capacidade de aumentar a produção. Calhoun, 66 anos, assumiu como CEO após dois acidentes em 2018 e 2019 que resultaram na perda de quase 350 vidas.

As ações da Boeing perderam aproximadamente um quarto de seu valor desde o incidente. Na segunda-feira, elas registraram um aumento de 1,4%, porém ainda abaixo dos picos alcançados no início do dia.

“O mundo está observando e sei que vamos superar este momento para sermos uma empresa melhor”, escreveu Dave Calhoun em uma carta aos funcionários na qual afirmou que “segurança e qualidade são o que colocamos antes de tudo”.

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