WeWork anunciou que o CEO David Tolley deixaria o cargo depois que o provedor de espaço de trabalho flexível saísse da falência na terça-feira, e a empresa nomeará um novo chefe. No final do mês passado, a WeWork obteve a aprovação de um juiz de falências dos EUA para um plano de reestruturação.
Anteriormente avaliada em cerca de US$ 47 bilhões de forma privada, a WeWork expandiu-se rapidamente, mas acumulou perdas significativas em seu extenso portfólio imobiliário antes de entrar com pedido de proteção contra falência em novembro de 2023.
Desde que ingressou na WeWork em fevereiro de 2023, inicialmente como membro do conselho e posteriormente como CEO, Tolley liderou a empresa durante um período tumultuado que envolveu grandes renovações operacionais e financeiras.
A ruína da WeWork começou antes mesmo da pandemia. A empresa abandonou o plano de uma oferta pública inicial de ações (IPO) bilionária após a descoberta de fragilidades operacionais e, principalmente, de problemas de governança. Na sequência, ocorreu uma demissão em massa e o resgate financeiro por parte de importantes investidores, como o SoftBank e o JPMorgan.
Em 2019, a empresa esteve entre as startup mais valiosas do mundo, com valor de mercado de US$ 47 bilhões. Porém, os problemas das empresas de compartilhamento de espaço de escritório se aprofundaram depois que a pandemia alterou os modelos de trabalho, com avanço do home office. O trabalho remoto esvaziou os centros empresariais de muitas grandes cidades.
Apesar de a WeWork ter alcançado um acordo abrangente de reestruturação de dívidas no início de 2023, a empresa voltou rapidamente a ter problemas financeiros. O plano de negócios da empresa era simples: cobrar mais dos membros pelo espaço de escritório do que devia aos grandes proprietários. O que acabou não funcionando.