O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, recebeu um bônus em ações de US$ 80 milhões para permanecer no comando por mais cinco anos, uma reviravolta radical para um líder cuja sobrevivência foi questionada após a incursão malfadada da empresa no setor bancário de consumo.
John Waldron, presidente e diretor de operações do Goldman Sachs, amplamente visto como o sucessor de David Solomon, também recebeu um bônus de retenção de US$ 80 milhões em ações restritas, conforme informado pelo banco em um documento regulatório na sexta-feira.
O último voto de confiança para David Solomon, ocorre após um período turbulento, no qual a atividade do banco de investimentos declinou e o setor de consumo do Goldman Sachs registrou prejuízos, gerando críticas à sua liderança e especulações, há dois anos, de que seu cargo estava ameaçado.
Solomon enfrentou céticos enquanto as ações do banco se recuperavam, os mercados se estabilizavam e ele realizava ajustes nas operações de varejo do Goldman. Na tarde de sexta-feira, as ações do Goldman Sachs subiram quase 2%.
O Goldman Sachs superou as estimativas de Wall Street e registrou seu maior lucro trimestral em mais de três anos, impulsionado por taxas de negociação mais altas trazidas pelos banqueiros de investimento e por seus traders, que se beneficiaram de mercados ativos. O lucro líquido alcançou US$ 4,11 bilhões no quarto trimestre, conforme informado pelo banco na quarta-feira. Solomon afirmou, durante a conferência Reuters Next em dezembro, que continuará liderando o banco enquanto o conselho desejar sua permanência.
A remuneração de Solomon aumentou em 2024, passando de US$ 31 milhões em 2023. Seu pacote inclui um salário-base de US$ 2 milhões, um bônus em dinheiro de US$ 8,3 milhões, com o restante composto por ações e um novo tipo de prêmio de incentivo.