Pequim sinalizou nesta sexta-feira (2 de maio) que está analisando propostas dos Estados Unidos para reiniciar negociações comerciais, após semanas de escalada na guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. O Ministério do Comércio da China confirmou que recebeu diversas mensagens de autoridades norte-americanas expressando interesse em retomar o diálogo.
Embora tenha deixado a “porta aberta” para conversas, o governo chinês enfatizou que qualquer avanço dependerá da “sinceridade” de Washington. Pequim exige a reversão das tarifas unilaterais impostas pelos EUA e a correção de práticas consideradas injustas. O porta-voz do ministério afirmou que a guerra tarifária foi iniciada unilateralmente pelos EUA e que a China está pronta tanto para negociações quanto para confrontos, se necessário.
As tensões aumentaram desde que o presidente Donald Trump elevou as tarifas sobre produtos chineses para 145%, levando a China a retaliar com tarifas de 125% sobre bens norte-americanos. Apesar disso, ambos os países adotaram medidas para mitigar os impactos, como a exclusão de certos produtos eletrônicos das tarifas pelos EUA e a criação de uma lista de isenções tarifárias por parte da China.
Analistas observam que, embora haja sinais de disposição para o diálogo, a desconfiança mútua persiste. A China mantém uma postura firme, preparando-se para uma “guerra prolongada”, enquanto os EUA pressionam por concessões. O mercado financeiro reagiu positivamente às notícias, com índices futuros subindo em resposta à possível retomada das negociações.
Este desenvolvimento ocorre em um momento crítico para ambas as economias, que enfrentam pressões internas e externas devido às tarifas em vigor. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos, esperando que as negociações possam levar a uma resolução pacífica das disputas comerciais.