CNI aponta otimismo da indústria da construção para 2026

Faturamento do Polo Industrial de Manaus pode ultrapassar US$ 44 bilhões em 2025

Zona Franca de Manaus

O setor da construção civil encerra 2025 com uma renovação no otimismo, conforme aponta a Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta quarta-feira (17) pela CNI e CBIC. O levantamento revela que os empresários reverteram o pessimismo de novembro e agora projetam um início de 2026 mais aquecido, com indicadores de novos empreendimentos, compras de insumos e contratações voltando ao patamar acima dos 50 pontos — o que, na metodologia da pesquisa, sinaliza uma perspectiva de crescimento.

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, essa mudança de humor é sustentada por medidas estruturais que devem impactar o mercado imobiliário no curto prazo.

Entre os destaques estão o novo modelo de crédito imobiliário, a elevação do teto para financiamentos via Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e novas linhas voltadas para reformas de moradias populares. Somado a isso, a expectativa de queda na taxa de juros atua como um catalisador para que o setor retome o ritmo de lançamentos.

Os números detalhados mostram que o índice de expectativa de novos empreendimentos saltou de 49,2 para 51,1 pontos, enquanto o de número de empregados subiu para 51 pontos.

Isso indica que, após um período de cautela, as construtoras planejam abrir novos postos de trabalho nos primeiros meses do próximo ano. A intenção de investimento também acompanhou a tendência, registrando sua terceira alta em quatro meses, embora ainda permaneça abaixo dos níveis registrados no começo de 2025.

Apesar da melhora nas projeções para o futuro, o cenário atual ainda apresenta desafios. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção encerrou o ano em 48,4 pontos, o que tecnicamente ainda indica uma leve falta de confiança, influenciada por um recuo na Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que caiu para 67%.

Assim, o ano de 2026 se apresenta como um período de transição, onde a concretização das medidas de crédito será fundamental para transformar o otimismo dos indicadores de expectativa em atividade real nos canteiros de obras.

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